In between words.

Verdade seja dita, eu adoro presentes. Desde os mais simples aos categóricos, passando por aqueles carregados de originalidade. Minha cota desse ano foi bem recheada, e confesso que amei todos, os celulares, a cama nova, as roupas, os perfumes, as bijoux, a cesta, a pêra, o ele-e-ela, o vídeo, o twix.. Foi coisa, viu? Claro que presente é tudo de bom, mas não tem coisa que eu goste mais de receber no dia do meu aniversário do que uma boa carta.

"Boa carta" não é sinônimo de "carta grande". Uma boa carta é aquela que toca você, que te sensibiliza e te faz valorizar cada vírgula que foi escrita. Uma boa carta não precisa ser feita com canetinhas coloridas e/ou cheirosas, adesivos, desenhos, laços ou o que seja. Uma boa carta só requer um coração para sentir, uma mente para organizar as idéias, e caneta e papel para escrever o que se deseja.

Esse foi provavelmente o ano que recebi as melhores cartas. Talvez não fora o ano de maior quantidade, mas de maior qualidade, tenha certeza. Três pessoas me escreveram cartas divinas até o presente momento. Sylvinha me escreve coisas o tempo inteiro, mas a carta do EJC, por certo é a mais memorável. Mamãe me escreveu uma carta linda na mesma época, que me fez chorar até desidratar, mesmo que fosse na frente de todo mundo. As cartas das duas, por serem ambas mulheres caprichosas, ficaram muito bem enfeitadas, me dando pena de abri-las.

Outra carta que me surpreendeu bastante (principalmente pela pouca quantidade de palavras) foi a que foi escrita pelo meu namorado, e entregue no dia de ontem. Nada pode expressar o meu sentimento naquela hora, ou em qualquer outra hora em que eu esteja na sua companhia. Ele faz com o que eu me sinta a mulher mais feliz do mundo, e faz questão de demonstrar isso o tempo todo.

Nunca fui tão feliz na vida. Pinguas, eu te amo. You are my life now. ;@


T. M. L. B. T. P. I. A. Y.

Raissa Mateus

Inconfundivelmente inconstante. Mudo de horários, de fatos, de pessoas, de lugares, de estilos, de pensamentos, de atitudes, de conceitos, de rotinas. Já tentei ser parecida com muita gente que eu tomava como modelo, mas aos poucos percebi que não dava certo. Resolvi partir pra outra e tentar ser eu mesma, falando, pensando, agindo e fazendo (ou pelo menos tentando fazer) o que quero. Não sou de muitos, mas dos poucos que sou, sou por inteira. Amo todos com que faço questão de manter contanto. Já fui muito sonhadora, já quebrei muito a cara, já fui muito feliz, já passei por bons, maus, péssimos e ótimos momentos. Já tentei agradar todos, e o exagero de pretensão me faz ainda insistir na possibilidade remota de não ser detestada. Hoje não sou nada mais que um ponto de interrogação junto a um ponto de exclamação. A cada centímetro, uma surpresa, e a cada surpresa, uma dúvida. ;)