Dizer que 2009 foi atípico é óbvio demais. Eis aqui uma pequena reconstrução do ano pra mim.
O ano passado terminou um tanto conturbado, namoros terminando, namoros começando, aceitações da família, amizades se deixando pra trás e outras pra se construir. Entrei numa faculdade. Fiz boas amizades por lá, e aprendi muito com certos relacionamentos nada saudáveis.
Ensinei a mim mesma como aceitar a dor da saudade, e quando estava pronta, recebi a feliz notícia que ele ficaria de vez, aqui do meu lado, sem quilômetros nos distanciando durante a semana. Me ensinei também a ter mais paciência com outras pessoas, porque eu já sabia que teria de conviver com gente assim na vida.
Selei fortemente o meu namoro, e criei laços firmes de amizade, dos quais até hoje colho louros. Esse ano fiz EJC, e posso dizer que esse Encontro fez uma diferença grande na minha vida. Conheci melhor algumas pessoas, tentei fazer amizades, mas quando um não quer, dois não brigam.
Quebrei a cara muitas vezes. Deixei de escutar amigos, namorado, mãe, pai e outras pessoas que me acompanhavam. Bati de frente em muitas das vezes que quis fazer tudo sozinha. Esse ano eu aprendi o quanto é valioso escutar as pessoas que prezam por você.
Me dediquei mais no estudo, e três questões me tiraram do vestibular. Três questões. Achava que era humilde o suficiente, mas pensar isso já não me fazia mais tão humilde. Esse foi outro aprendizado.
O ano de 2009 me proporcionou o prazer de ver que grandes amizades nunca mudam, e que novas amizades surgem e nos dão o prazer da fidelidade, mesmo que em pouco tempo. Também senti amor, mas amor de verdade, por alguém que hoje sei que sente o mesmo por mim. Em certos momentos estive triste e desencantada, mas entendi que esses momentos só surgem para nos provar que somos capazes de superá-los.
Hoje posso dizer que 2009 me transformou numa busca incessante para me tornar o que quero ser, sem nunca me contentar com aquela que vejo no espelho. Afinal, uma coisa é verdade: se olharmos o nosso lado bom e gostarmos dele, iremos esquecer que temos também um lado negativo. Dessa forma, seremos mais desleixados, e cuidaremos menos de nós mesmos. Por isso, prefiro sempre pensar que não estou boa o suficiente, que o meu mais é sempre menos, e que eu sempre, sempre, sempre poderei ser melhor do que sou hoje. O ano de 2009 me ensinou que o céu é o limite, e que barreiras nasceram para ser cruzadas.
2010: que seja doce.
Postado por
Raissa Mateus
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
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