2010: que seja doce.

Dizer que 2009 foi atípico é óbvio demais. Eis aqui uma pequena reconstrução do ano pra mim.

O ano passado terminou um tanto conturbado, namoros terminando, namoros começando, aceitações da família, amizades se deixando pra trás e outras pra se construir. Entrei numa faculdade. Fiz boas amizades por lá, e aprendi muito com certos relacionamentos nada saudáveis.

Ensinei a mim mesma como aceitar a dor da saudade, e quando estava pronta, recebi a feliz notícia que ele ficaria de vez, aqui do meu lado, sem quilômetros nos distanciando durante a semana. Me ensinei também a ter mais paciência com outras pessoas, porque eu já sabia que teria de conviver com gente assim na vida.

Selei fortemente o meu namoro, e criei laços firmes de amizade, dos quais até hoje colho louros. Esse ano fiz EJC, e posso dizer que esse Encontro fez uma diferença grande na minha vida. Conheci melhor algumas pessoas, tentei fazer amizades, mas quando um não quer, dois não brigam.

Quebrei a cara muitas vezes. Deixei de escutar amigos, namorado, mãe, pai e outras pessoas que me acompanhavam. Bati de frente em muitas das vezes que quis fazer tudo sozinha. Esse ano eu aprendi o quanto é valioso escutar as pessoas que prezam por você.

Me dediquei mais no estudo, e três questões me tiraram do vestibular. Três questões. Achava que era humilde o suficiente, mas pensar isso já não me fazia mais tão humilde. Esse foi outro aprendizado.

O ano de 2009 me proporcionou o prazer de ver que grandes amizades nunca mudam, e que novas amizades surgem e nos dão o prazer da fidelidade, mesmo que em pouco tempo. Também senti amor, mas amor de verdade, por alguém que hoje sei que sente o mesmo por mim. Em certos momentos estive triste e desencantada, mas entendi que esses momentos só surgem para nos provar que somos capazes de superá-los.

Hoje posso dizer que 2009 me transformou numa busca incessante para me tornar o que quero ser, sem nunca me contentar com aquela que vejo no espelho. Afinal, uma coisa é verdade: se olharmos o nosso lado bom e gostarmos dele, iremos esquecer que temos também um lado negativo. Dessa forma, seremos mais desleixados, e cuidaremos menos de nós mesmos. Por isso, prefiro sempre pensar que não estou boa o suficiente, que o meu mais é sempre menos, e que eu sempre, sempre, sempre poderei ser melhor do que sou hoje. O ano de 2009 me ensinou que o céu é o limite, e que barreiras nasceram para ser cruzadas.

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Raissa Mateus

Inconfundivelmente inconstante. Mudo de horários, de fatos, de pessoas, de lugares, de estilos, de pensamentos, de atitudes, de conceitos, de rotinas. Já tentei ser parecida com muita gente que eu tomava como modelo, mas aos poucos percebi que não dava certo. Resolvi partir pra outra e tentar ser eu mesma, falando, pensando, agindo e fazendo (ou pelo menos tentando fazer) o que quero. Não sou de muitos, mas dos poucos que sou, sou por inteira. Amo todos com que faço questão de manter contanto. Já fui muito sonhadora, já quebrei muito a cara, já fui muito feliz, já passei por bons, maus, péssimos e ótimos momentos. Já tentei agradar todos, e o exagero de pretensão me faz ainda insistir na possibilidade remota de não ser detestada. Hoje não sou nada mais que um ponto de interrogação junto a um ponto de exclamação. A cada centímetro, uma surpresa, e a cada surpresa, uma dúvida. ;)